Ler para mim foi sempre uma tarefa difícil. Sempre achei isso. Muitos são os empecilhos: cansaço, preguiça, falta de tempo... É preciso força de vontade, dedicação para vencer as barreiras e tomar gosto pela coisa. Ler também é hábito, se aprende a ler com a insistência, com a rotina.
Lembro da professora de Língua Portuguesa da 5ª série, a Dª Ceci. Calma, amável, exigente. Ela quem me colocou no maravilhoso universo da leitura. Desde então nunca mais parei. Isso lá pelos meados dos anos 80.
No primeiro livro a leitura foi feita como “compromisso”: para apresentar a leitura na sala de aula e fazer a avaliação. O livro foi “A Ilha Perdida”, de Maria José Dupré, Coleção Vagalume da Editora Ática. Gostei muito, procurei outros e assim o processo de formação de leitor iniciou-se em mim. O que podei ter sido uma leitura mecanicista acabou se transformando em gosto, “devorei” a coleção vagalume. Depois vieram outros livros, outras coleções, revistas, gibis...
Do primeiro livro até hoje foram tantos... Nem sei ao certo, mas qual leitor sabe? Isso não importa, importa mesmo é ler. A leitura é algo que nos forma, transforma, nos ajuda a construir o ser em nós. Marcel Proust, dizia que “a leitura abre a porta das moradas onde não saberíamos penetrar”. Assim, a leitura me transformou em um eterno viajante, andarilho. Prá lá e prá cá vou andando, transcorrendo ideias, visões de mundo, entendimentos, contos, narrações, notícias.
Ler traz conhecimento, vida nova. É a renovação que sempre permite e estabelece relações entre o saber e o poder. Ler é dominar as palavras, permitindo a troca de ideias, de conhecimentos, de entender os outros e o mundo.
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